Muitos profissionais ficam em dúvida de como realizar o procedimento para laudar audiometria ocupacional, por isso elaboramos um post para você entender mais sobre o assunto. Confira!
O laudo de audiometria ocupacional deve ser elaborado a partir dos exames realizados pelo paciente e avaliar os seguintes fatores: se os exames são compatíveis com a história clínica do indivíduo, se durante a avaliação o comportamento do paciente foi confiável, bem como os tipos e graus da perda auditiva.
Quer saber como fazer o laudo de audiometria ocupacional? Acompanhe o conteúdo especial que a Vibrasom preparou para você. Tenha uma boa Leitura!
Laudo audiometria: Por que é fundamental para saúde ocupacional?
O laudo audiometria é um documento importantíssimo tanto na área da medicina ocupacional quanto para saúde do trabalhador. Sua elaboração requer precisão e atenção minuciosa para assegurar uma avaliação precisa da audição do paciente.
Está buscando informações importantes sobre como criar um laudo audiometria?
Veja abaixo:
- Faça uma Introdução;
- Avalie o histórico do paciente;
- Observe se o paciente cooperou durante o laudo audiometria;
- Inclua resultados audiométricos;
- Classifique o grau da perda auditiva;
- Especifique o tipo de perda auditiva;
- Descreva a configuração da perda auditiva;
- Caso seja necessário, inclua os resultados do IPRF;
- Verifique se o laudo audiometria foi assinado pelo profissional de saúde responsável;
- Forneça recomendações com base nos resultados;
- Informe a frequência recomendada para futuros exames de audiometria.
Faça uma Introdução
Inicie o relatório com dados essenciais, como a identificação do paciente, a data da avaliação e a identificação do profissional de saúde encarregado.
Avalie o histórico médico
Verifique se os resultados estão alinhados com o histórico médico do paciente, incluindo exposição a ruídos no trabalho e problemas auditivos prévios.
Observe se o paciente cooperou durante o laudo audiometria
Avalie a cooperação do paciente durante o laudo audiometria, observando seu comportamento e empenho.
Inclua resultados audiométricos
Adicione os resultados da audiometria tonal, identificando os limiares auditivos e comparando-os com os padrões normais.
Classifique o grau da perda auditiva
Determine a intensidade da perda auditiva com base nos limiares de audição, de acordo com diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Especifique o tipo de perda auditiva
Identifique o tipo de perda auditiva (condutiva, sensorioneural ou mista) com base na análise dos limiares de via aérea e óssea.
Descreva a configuração da perda auditiva
Explique a configuração da perda auditiva, incluindo se é ascendente, horizontal ou descendente, para uma compreensão completa.
Caso seja necessário, inclua os resultados do IPRF
Se relevante, adicione os resultados do Índice Percentual de Reconhecimento e Fala (IPRF) para indicar a capacidade do paciente de compreender a fala.
Verifique se o laudo audiometria foi assinado pelo profissional de saúde responsável
O laudo audiometria deve ser assinado pelo profissional de saúde responsável, com nome, número de registro e informações de contato.
Forneça recomendações com base nos resultados
Dê recomendações conforme os resultados, como o uso de protetores auriculares, mudança de função ou orientações para exames adicionais.
Informe a frequência recomendada para futuros exames de audiometria
Indique a frequência sugerida para futuros exames de audiometria ocupacional, geralmente a cada 12 meses, conforme a ocupação do trabalhador.
Conclusão: Laudo audiometria
O laudo audiometria é essencial para avaliar a saúde auditiva de trabalhadores expostos a ruídos no trabalho. Deve ser preciso e completo para garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores, orientando medidas de prevenção e cuidados auditivos no ambiente laboral.
Laudo de audiometria ocupacional: Confira algumas informações importantes
Para elaborar o laudo de audiometria ocupacional é preciso levar em consideração algumas informações importantes, tais como: resultados da audiometria tonal, do índice percentual de reconhecimento e fala (IPRF) e as medidas de imitância acústica.
Abaixo vamos explicar a importância da audiometria tonal e do IPRF.
Em relação a audiometria tonal é necessário iniciar o laudo com os limiares auditivos, ou seja, identificar se existe perda e também se os limiares estão dentro dos padrões de normalidade.
Para saber se os limiares estão alterados ou não em crianças com mais de 8 anos e adultos é preciso entender a classificação do grau da perda auditiva estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – 2020.
Confira abaixo:
- Audição Normal: Limiares auditivos baixo de 25 dB;
- Perda Auditiva Leve: Limiares acima de 25 abaixo de 40dB;
- Perda Auditiva Moderada: Limiares acima de 40 abaixo de 70dB;
- Perda Auditiva Severa: Limiares acima de 70 abaixo de 90dB;
- Perda Auditiva Profunda: Limiares acima de 90dB.
Ao realizar o laudo de audiometria tonal em crianças de até 7 anos é preciso utilizar a referência Northern e Downs, 2002.
Média tonal (500 Hz, 1 kHz e 2 kHz) | Denominação | O que consegue ouvir sem Amplificação |
0 – 15 dB | Audição normal | Todos os sons da fala |
16 – 25 dB | Perda auditiva discreta | Sons das vogais ouvidos claramente; pode perder sons de consoantes surdas |
26 – 30 dB | Perda auditiva de grau leve | Ouve apenas alguns sons da fala, ou seja os fonemas sonoros mais fortes |
31 – 50 dB | Perda auditiva moderada | Perde a maior parte dos sons da fala em um nível de conversação normal |
51 – 70 dB | Perda auditiva severa | Não ouve os sons da fala no nível da conversação normal |
+71dB | Perda auditiva profunda | Não ouve a fala ou outros sons |
Porém, se tratando da saúde do trabalhador, para audiometria ocupacional é utilizado a tabela de classificação do grau de perda auditiva (Lloyd e Kaplan, 1978).
Média tonal de 500Hz, 1kHz e 2 kHz | Denominação | Habilidade para ouvir a fala |
≤ 25 dB NA | Audição normal | Nenhuma dificuldade significativa |
26 – 40 dB NA | Perda auditiva de grau leve | Dificuldade com fala fraca ou distante |
41 – 55 dB NA | Perda auditiva de grau moderado | Dificuldade com fala em nível de conversação |
56 – 70 dB NA | Perda auditiva de grau moderadamente severo | A fala deve ser forte; Dificuldade para conversação em grupo |
71 – 90 dB NA | Perda auditiva de grau severo | Dificuldade com fala intensa; entende somente fala gritada ou amplificada |
91 dB NA | Perda auditiva de grau profundo | Pode não entender nem a fala amplificada; depende da leitura labial |
É preciso mencionar no laudo de audiometria tonal o tipo da perda auditiva, por exemplo, caso um paciente adulto tenha os limiares de via aérea abaixo de 20dB NA é preciso realizar a via óssea para determinar o tipo da perda auditiva.
Confira abaixo quais são os tipos de perda auditiva:
- Perda auditiva condutiva;
- Perda auditiva sensorioneural;
- Perda auditiva mista.
Classificação do tipo de perda auditiva (Silman e Silverman, 1997)
Tipo de perda | Características |
Perda auditiva condutiva | Limiares de via óssea menores ou iguais a 15 dB NA e limiares de via aérea maiores que 25 dB NA, com gap aéreo-ósseo maior ou igual a 15 dB |
Perda auditiva sensorioneural | Limiares de via óssea maiores do que 15 dB NA e limiares de via aérea maiores que 25 dB NA, com gap aéreo-ósseo de até 10 dB |
Perda auditiva mista | Limiares de via óssea maiores do que 15 dB NA e limiares de via aérea maiores que 25 dB NA, com gap aéreo-ósseo maior ou igual a 15 dB |
Além do tipo e do grau é preciso pensar na configuração da perda auditiva.
Confira abaixo a classificação de Silman e Silverman (1997) adaptada de Carhart (1945) e Lloyd e Kaplan (1978):
Tipo de configuração | Características |
Ascendente | Melhora igual ou maior que 5 dB por oitava em direção às frequências altas |
Horizontal | Limiares alternando melhora ou piora de 5 dB por oitava em todas as frequências |
Descendente leve | Piora entre 5 a 10 dB por oitava em direção às frequências altas |
Descendente acentuada | Piora entre 15 a 20 dB por oitava em direção às frequências altas |
Descendente em rampa | Curva horizontal ou descendente leve com piora ≥ 25 dB por oitava em direção às frequências altas |
Em U | Limiares das frequências extremas melhores que as frequências médias com diferença ≥ 20 dB |
Em U invertido | Limiares das frequências extremas piores que as frequências médias com diferença ≥ 20 dB |
Em entalhe* | Curva horizontal com descendência acentuada em uma frequência isolada, com recuperação na frequência subsequente |
Audiometria Tonal
A audiometria tonal tem diversas formas de utilização, pois apresentam diferentes limiares que podem ser encontrados em cada paciente.
Quando o paciente apresenta limiares normais é necessário utilizar limiares auditivos dentro do padrão de normalidade. Caso seja um adulto, você pode utilizar a tabela da Organização Mundial de Saúde, em 2020.
Se o paciente tiver uma perda auditiva existem diversas formas para realizar o laudo, podendo ser divididas em: simétricas ou assimétricas, ou seja, perda auditiva com mesmo grau, tipo e configuração é laudado como uma perda auditiva simétrica.
Caso as perdas auditivas sejam diferentes em cada uma das orelhas é preciso laudar como perda auditiva assimétrica para depois inserir o tipo, o grau e configuração de cada orelha.
Conforme o Manual do Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia você pode elaborar a perda auditiva assimétrica, do tipo XXX à direita, e XXX à esquerda e a configuração XXX à direita e XXX à esquerda.
Como colocar os resultados no Índice Percentual de Reconhecimento e fala?
Para colocar os resultados é preciso descrever o desempenho do paciente observando a tabela de classificação do IPRF (Jerger, Speaks, e Trammel, 1968).
Resultado de IPRF | Dificuldade de compreensão da fala |
100% a 92% | Nenhuma dificuldade para compreender a fala |
88% a 80% | Ligeira/discreta dificuldade para compreender a fala |
76% a 60% | Moderada dificuldade para compreender a fala |
56% a 52% | Acentuada dificuldade para acompanhar uma conversa |
Abaixo de 50% | Provavelmente incapaz de acompanhar uma conversa |
Confira outros artigos:
- Confira as principais vantagens da cabine audiométrica;
- Saiba como escolher a melhor cabine audiométrica;
- Tudo o que você precisa saber sobre perda auditiva;
Como é realizado o laudo de audiometria ocupacional?
O laudo de audiometria ocupacional pode ser realizado tanto por médicos do trabalho quanto em clínicas especializadas em medicina ocupacional.
Para realizar o exame, o colaborador deve ser examinado por um fonoaudiologista e orientado para entrar numa cabine acústica isolada do barulho externo. Dentro da cabine audiométrica, o paciente/colaborador senta numa banqueta e coloca fones especiais de ouvido para escutar os sons produzidos pelo fonoaudiologista.
Conforme os valores registrados é possível verificar se o colaborador está com sua audição preservada ou comprometida. Caso a audição esteja comprometida, o médico do trabalho poderá orientar o colaborador a mudar para outro setor ou utilizar protetor auricular para prevenir danos.
OBS: Lembrando que o exame de audiometria ocupacional deve ser realizado a cada 12 meses de acordo com a atividade profissional de cada trabalhador.
Você ficou com alguma dúvida de como é feito o laudo de audiometria ocupacional e precisa de informações a respeito da cabine audiométrica?
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