As barreiras atuam como um obstáculo físico que contribui para reduzir os ruídos que chegam ao receptor, tendo como principal objetivo diminuir os impactos da poluição sonora.
Do ponto de vista acústico, a barreira funciona geralmente como elemento isolante. Porém, em algumas condições deve ter também propriedades de absorção, para minimizar a reflexão das ondas sonoras que incidem sobre ela.
Podem ser projetadas e construídas em diversos materiais buscando o melhor custo benefício e eficiência do conjunto além de adaptar-se as necessidades de acesso e lay out do local agregando o uso de outros materiais como portas acústicas, atenuadores de ruído, baffles e revestimento acústico entre outros.
A utilização é bem variada pela sua versatilidade, entre elas podemos destacar:
- Chillers
- Compressores
- Grupo geradores
- Transformadores
- Maquinas em geral
- Áreas ruidosas que afetam a comunidade local.
Barreiras acústicas são consideradas medidas defensivas ao ruído, ou seja, soluções de remediação geralmente aplicadas após o surgimento de problemas relacionados ao ruído ambiental. São soluções de engenharia capazes de solucionar problemas sociais, comumente aplicadas em casos onde haja comunidades expostas ao ruído acima dos limites normatizados, proveniente de fontes diversas (infraestruturas de transportes, operações industriais).
Não obstante sua eficácia comprovada como sistema de isolamento acustico que permite a atenuação dos ruídos desde a fonte até a vizinhança, as barreiras acústicas são um recurso ainda pouco explorado no Brasil. Em contrapartida, o sistema já é bastante comum em países da Europa.
Para entender como funcionam as barreiras acústicas, devemos inicialmente ter conhecimento dos fenômenos associados à propagação sonora em campo livre e entender a influência da presença de um elemento físico na trajetória das ondas sonoras desde a fonte até o ouvinte.
Quando as ondas sonoras se propagam em campo livre, não há interferência de quaisquer superfícies (com exceção do solo), ou seja, o som que chega ao receptor é ouvido no momento da emissão, chamado som direto (sem influência de reflexões sonoras).
Quando um elemento físico – a barreira acústica – é instalado entre uma fonte sonora e seu respectivo ouvinte, o comportamento das ondas sonoras é alterado: parte da energia sonora emitida é refletida, parte é difratada nas extremidades da barreira e outra parte é transmitida através da barreira. A presença de uma barreira acústica resulta em regiões de sombra acústica, ou seja, regiões resguardadas do ruído, onde os níveis sonoros são bastante reduzidos.
O dimensionamento de barreiras acústicas tem por objetivo a definição das propriedades geométricas e materiais destes sistemas, variando de caso a caso em função dos objetivos acústicos desejados. Um método simples para definição geométrica destes sistemas pode ser calculado em função da diferença do comprimento da trajetória sonora e a trajetória na linha da visão.
Barreiras com maiores alturas resultam em uma maior angulação das ondas sonoras difratadas e maiores comprimentos da trajetória sonora, significando maiores zonas de sombreamento acústico e maior perda por inserção (IL da sigla inglesa de Insertion Loss), parâmetro utilizado para avaliar a capacidade de atenuação sonora do sistema (Daigle, 1999).
A IL pode ser obtida pela diferença do nível sonoro medido no receptor, nas condições da barreira presente e da barreira ausente (ISO 9613-2: Acoustics — Attenuation of sound during propagation outdoors — Part 2: General method of calculation). O parâmetro é calculado em função de variáveis como a altura da barreira, distância fonte e do receptor até a barreira, as frequências avaliadas, o comprimento de onda sonora e do coeficiente de absorção do material aplicado (Daigle, 2010), alterações associadas aos efeitos do solo, ruídos marginais e outras fontes de ruído (Hendriks et al., 2013).
O dimensionamento de barreiras também deve levar em consideração aspectos do entorno urbano. Deve-se considerar, por exemplo, a influência da reflexão sonora em edificações próximas à barreira ou mesmo as propriedades de absorção e difração de elementos vegetativos.
Barreiras acústicas podem, ainda, ser elementos naturais compostos pela própria topografia do local.
Com relação aos materiais utilizados, no dimensionamento de barreiras, são levadas em consideração variáveis diversas, desde aspectos objetivos (estabilidade estrutural, grau de absorção acústica, grau de isolamento acústico, peso, custo), até aspectos subjetivos, como a integração visual com o entorno.
Veja também:
Isolamento Acústico é a técnica utilizada para não deixar passar o som de um para outro ambiente, através do uso de diversos materiais densos, pesados, entre outros, que consigam amortecer e dissipar a energia sonora (chapas metálicas,vidros, madeira maciça, parede de tijolo maciço, mantas de borracha, cortiça ,tapetes, etc.). O Isolamento, como o nome já diz, tem o objetivo de impedir a passagem/saída dos sons entre distintos ambientes, entre edificações e o ambiente.
Outro fator que influencia no isolamento é o fato de não se usar apenas uma barreira, mas criar uma sequência de obstáculos para o som ter mais dificuldade de se propagar. O uso de paredes duplas, janelas com vidros duplos ou a combinação de materiais de diferentes densidades (Porta de aço) são muito importantes para se ter um bom isolamento acústico.
Neste caso, é ainda importante fazer os diferentes elementos usados não se tocarem diretamente, usando sempre espumas, borrachas e o que for conveniente para se anular a vibração.
Pelo modo que o som se propaga, cuidado para não deixar nenhum tipo de fresta entre os fechamentos, pois isso pode prejudicar todo o conjunto. Portas e caixilhos devem ter atenção especial, com o uso de espumas e borrachas para se garantir a estanqueidade do ambiente.
Para maiores detalhes e informações entre em contato com nosso departamento de vendas.